Uma pesquisa realizada em 2019 pela PwC, concluiu que 94% dos líderes da indústria esportiva mundial acreditam que a inovação é importante ou muito importante para as organizações, ou seja, quase uma unanimidade. A lógica é simples: em um mercado onde as exigências e a presença de opiniões dos consumidores é cada vez maior, quem inova leva vantagem. Seja na utilização de uma nova tecnologia para análise de jogos, lançamento de novos produtos ou até mesmo nas metodologias de gestão, a inovação cria ambientes cada vez mais ágeis e, principalmente, preparados para as mudanças do
mundo.
A pandemia do coronavírus alterou diversos hábitos pessoais e de consumo, sendo o mais notável deles, o crescimento da presença no ambiente digital. Isso impacta na forma que o esporte é consumido e as organizações precisam ser ágeis a ponto de se adaptar à nova jornada e experiência dos fãs, bem como para os novos ambientes e gerações que estão por vir.
Dentro desse contexto, a principal liga de basquete da Europa lançou, em julho, um fundo para apoiar e acelerar a transformação digital dos clubes participantes. A liga já é muito reconhecida por diversos projetos inovadores como o Reporting Hub, o ranqueamento e premiação das equipes que apresentam melhor performance nos negócios, o compartilhamento de boas práticas e o Fan XP, um desafio de soluções inovadoras para melhorar a experiência dos fãs junto a startups do mundo todo.
Somado ao fato de que a pandemia ocasionou, segundo a Euroliga, uma perda de 30% em receita para os clubes participantes, a diretora de negócios Roser Queralto acredita que:
“Com o lançamento da DTF (Digital Transformation Fund), apoiamos ainda mais nossos clubes em todos os seus esforços para melhorar suas operações comerciais e desenvolver uma espinha dorsal sólida para todas as suas operações internas e voltada para os fãs...”
A nova iniciativa foi aberta em formato de edital e 12 dos 18 clubes inscreveram seus projetos com todas os detalhamentos necessários, sendo avaliados pela Euroliga e por uma empresa de consultoria especializada nisso, a N3XT Sports. Durante 2 anos, o fundo apoiará os projetos que variam desde a criação de aplicativos, ações de ticketing, modernização dos sistemas atuais com foco na análise de dados de consumo até programas de fidelidade que contarão com uma mentoria especializada para o desenvolvimento de cada um deles.
Existem clubes como o Real Madrid, Bayern de Munique e CSKA que podem ter apoio das instituições que os baseiam para enfrentar essas mudanças, mas isso não é nada sustentável a longo-prazo, concorda? Portanto, é considerado importante que cada organização promova iniciativas, tenha uma governança profissional, sustentável e preparada para enfrentar qualquer adversidade, seja ela dentro ou fora de quadra.
Desta forma, a Euroliga reforça o foco em criar soluções e melhorar a cada dia a experiência do seu principal stakeholder, o fã! Principalmente em um novo contexto onde mais pessoas estão no ambiente digital e as necessidades de entretenimento, provavelmente, ainda maiores, torna a corrida pela atenção, adaptação e naturalidade dessa mudança, cada vez mais necessária.
Novamente, a lógica é simples: as organizações que inovam, sobrevivem e se sobressaem. E a Euroliga vai tomando cada dia mais espaço no cenário do basquete mundial.
