PERFIL STTP - Rafael Garcia #008
PERFIL STTP - Rafael Garcia #008
Jan 29, 2021

PERFIL STTP - Rafael Garcia #008

Victor Santo FOTO: Julio Nery

 

Para Rafael Rocha Garcia, atual Fisioterapeuta do Basquete Sport Corinthians Paulista, sua relação com a modalidade se deu ainda quando criança e de uma maneira que só faria sentido em sua fase adulta. Ele dividiu conosco do STREETOPIA, como tudo isso aconteceu.

 

Mesmo que nunca tivesse jogado, mas de uma maneira bem natural e sutil, o basquete de alguma forma sempre se fez presente em diversos momentos de sua vida, desde uma bola solta sem muito motivo em um retrato de família à sua ‘indiferença’ por Michael Jordan quando aos 8 anos conheceu Space Jam, mesmo porque, o ele realmente lhe interessava era o Pernalonga: "Eu tinha muito boneco do Jordan por causa do filme, mas eu nem sabia quem era ele, eu gostava mais do Pernalonga. Lembro que tinha 3-4 bonecos, mas o basquete não fazia sentido pra mim..."

 

 

 

Já adolescente, a presença e a paixão de seu irmão mais velho Diego Rocha Garcia pelo basquete, contribuía aos poucos para a mudança do olhar do jovem Rafael. O contato com o jogo, o interesse por tênis, os elementos da cultura de rua e a vontade ainda que tímida de pertencer à aquele universo, vieram de Diego: "Eu lembro que quando eu fiquei um pouco mais velho com meus 13 anos, meu irmão já jogava basquete, então todas as influências que eu tenho vem sempre dele..."  Ele também não deixou de lembrar com alegria quando o irmão monopolizava a TV para ficar assistindo jogos de basquete o final de semana inteiro: "Meu irmão dominava o controle da TV, era basquete 24 horas, eu odiava aquilo. Aquela coisa de irmão mais novo, mais velho de querer tomar o controle...Tipo ele ficava vendo COQ x Franca o final de semana todo, ficava louco com aquilo..."

 

 

Rafael Rocha Garcia e seu irmão, Diego Rocha Garcia.


 

Além de seu irmão, o fato de Rafael ter o costume de jogar basquete com Shaq e Kobe no videogame, o aproximava cada vez mais do esporte e de uma forma bastante orgânica. Se aproximava também de seu então novo ídolo, Kobe Bryant, pelo seu jogo e principalmente por sua determinação.

 

Já na universidade, Rafa começa a se interessar pela filosofia de Kobe Bryant, Mamba Mentality e se dá conta que era algo que já carregava consigo mas por algum motivo ainda não tinha conseguido identificar. A oportunidade de ter conseguido estudar caminhando com recursos financeiros limitados, o colocava em uma posição de jamais poder falhar, e assim se via totalmente focado no processo, trabalhando arduamente para alcançar e concluir esse objetivo.

 

Já formado e atuando como fisioterapeuta do Corinthians, Rafael tem para si que a forma que conduziu seus passos na época da faculdade foi determinante para que conseguisse chegar onde está hoje.

 

Em tempos de pandemia, tudo é colocado em questão, nada do que foi feito até conhecermos os impactos que seriam causados por ela teria a mesma utilidade nesse ‘novo’ mundo. Para ele, Mamba Mentality, atua como convite e um estímulo para sermos resilientes, nos reinventarmos e encararmos os desafios com um outro olhar:

 

 

Esse pensamento vai também de encontro com a maneira que o esporte brasileiro se encontra diante de todo esse caos pandêmico, principalmente sobre o que pode ser feito de relevante para impactar positivamente torcedores e atletas que tiveram sua rotina esportiva alterada devido ao distanciamento social. Um exemplo interessante, foi a criação do Programa Pre-Season em parceria com o STREETOPIA, iniciativa que tem como objetivo avaliar e melhorar através de uma base segura e saudável, os padrões de movimentos e a capacidade física de atletas de alta performance.

 

A longo prazo, Rafael Garcia comenta sobre o que pode ser feito para o fomento do basquete no Brasil: "Eu vejo que está muito virtual, o basquete tá entrando em vários lugares. A gente vai ter que passar por uma transição desse virtual para o real, para transformar jogadores. Vejo um período onde poucos praticavam basquete, hoje eu vejo o basquete mais popular do que antes, mas precisamos trazer para algo real, criar jogadores, que é um outro processo..."

 

O basquete na vida de Rafael representa sonho, um importante significado por tudo aquilo que conquistou, como poder trabalhar em um clube grande como o Corinthians, ter chegado com seu trabalho à Seleção Brasileira e sua primeira experiencia internacional em Paris com o Time STREETOPIA no maior torneio de streetball do mundo, o Quai 54. Ele sonha e trabalha para que o Corinthians se torne um clube respeitado e referência para outros clubes, ainda trabalhava duro para conquistar seu espaço na Seleção Brasileira e finalmente chegar à NBA.

 

Através da bola laranja, todas as suas conquistas tem um valor especial e ele encerra: "Essa bola vicia. Assim como Michael Jordan e Kobe Bryant, ela te leva à alguns processos e você sempre quer mais, você quer fazer mais o tempo todo, você quer melhorar. Eu acho que esse é um pouquinho do veneno que os caras tinham na veia, o que faz com que ele sejam superiores..."


 

 

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