‘DILLA MONTH’: 30 ÁLBUNS ESSENCIAIS PARA CONHECER E ENTENDER J DILLA
‘DILLA MONTH’: 30 ÁLBUNS ESSENCIAIS PARA CONHECER E ENTENDER J DILLA
Feb 05, 2021

‘DILLA MONTH’: 30 ÁLBUNS ESSENCIAIS PARA CONHECER E ENTENDER J DILLA

Carlos Tico FOTO: Stones Throw / B+ Photography, © OTHER / BRIAN “B+” CROSS

Fevereiro é um mês muito representativo para quem ama a cultura Hip-Hop, principalmente para quem é fã e amante no melhor sentido de J Dilla, que hoje está mais vivo do que nunca. O produtor musical, DJ, rapper, cantor, compositor e multi-instrumentista, talvez um dos artistas mais influentes, geniais, prolíferos e revolucionários da história da indústria musical, o nativo de Detroit, Michigan, berço da Soul Music e do Rhythm and blues nos Estados Unidos, ritmos e gêneros que influenciaram e nortearam nitidamente as suas batidas. Dilla completaria no dia 7 de Fevereiro 47 anos de vida, data que também marca o 15 aniversário de 'Donuts', o seu album mais aclamado, e no proximo dia 10 de Fevereiro, marcam os exatos 15 anos de sua morte.


 


Por conta de tudo que J Dilla representa para a cultura, talvez o artista com mais alma, sensibilidade e virtuose na música RAP e que sempre liberou uma enorme gama de emoções através de suas batidas, foi instituído o "DILLA MONTH", um mês inteiro de homenagens e celebrações em todo mundo para preservação da obra, memória e legado de J Dilla.

 


 

J DILLA em 2003 empunhado o clássico “The Listening” do Little Brother (Foto: Reprodução)


J Dilla tinha paixão, técnica, sofisticação e simplicidade, um cara de fala mansa e com uma ética de trabalho e produção incríveis. Isso o tornava único. Poucos artistas conseguiram unir esses elementos de forma tão consistente, profunda e vigorosa. Mesmo Jay Dee tendo atuado de forma tão onipresente no universo musical, e que de fato todo esse culto e verdadeiro reconhecimento só foi conquistado após a sua partida para o outro plano em 2006. A morte de Dilla teve um impacto significativo na comunidade Hip-Hop. Além de incontáveis ​​faixas de tributo e concertos em sua homenagem, a morte de Dilla criou uma riqueza de interesse em seu catálogo e, consequentemente, a influência de J Dilla na produção de Hip-Hop tornou-se muito mais aparente.


 

O Minimoog Voyager personalizado construído para J Dilla pelo Dr. Robert Moog (o inventor do sintetizador, nada menos!), e a sua clássica Akai MPC 3000, que desde 2013 fazem parte da coleção do Museu Nacional de Arte e Cultura Afro-Americana do Instituto Smithsonian um dos mais renomados dos EUA. (Foto: Reprodução)


Passados 15 anos da morte de J Dilla, em decorrência de uma doença rara no sangue relacionada ao lúpus. DJs, produtores, rappers e fãs ainda se maravilham com o seu - como o The New York Times chamou - “estilo meticuloso, mas casual”. Você nem mesmo precisa ouvir com muita atenção para entender a maneira de como seu trabalho continua moldando e influenciando a música até hoje. O conceito de invenção e de criar algo do nada é o que distingue o Hip-Hop dos outros estilos musicais. Uma das maiores qualidades de J Dilla foi estar constantemente reinventando o seu estilo e a sua forma de trabalhar para encontrar novas formas de expressão.


 

O virtuoso tecladista e produtor musical de Detroit Amp Fiddler, que já trabalhou com nomes como George Clinton e Funkadelic, Prince, Jamiroquai, Fishbone, entre outros. Em 1992 Jay Dee, conheceu Amp Fiddler, que deixou o jovem produtor usar a sua Akai MPC e o ensinou programação de samples e bateria eletrônica, das quais Jay Dee rapidamente adquiriu domínio. Foi Amp Fiddler que apresentou Jay Dee para Q-Tip, durante os batidores do Lollapalooza de 1994 na Califórnia, onde George Clinton e o Funkadelic dividiram o mesmo palco com ATCQ em uma apresentação. Tip ficou impressionado com as produções de Jay Dee. Muitos dizem que o toque especial de J Dilla humanizou a Akai MPC300, o resto é história. (Foto: Reprodução)


Muitos admiradores descrevem como Jay Dee foi discretamente influente, preferindo uma tragetória artística modesta e longe do mainstream que evitou a atenção da mídia. Embora Dilla possa não ter feito um grande sucesso ou aparecido em capas de revistas durante sua carreira, ele tinha uma lista de produções e créditos que incluía pesos pesados ​​como De La Soul, Common, A Tribe Called Quest, Erykah Badu, The Roots e Talib Kweli. Isso sem mencionar seus trabalhos não creditados com artistas como Janet Jackson, Busta Rhymes e D’Angelo.


 

J DILLA em sua residência em Conant Gardens, Detroit - 2003 (FOTO: B+)


Ainda assim, J Dilla, nascido James Yancey, acabou se tornando mais conhecido por seus trabalhos solos, como os albúns Welcome 2 Detroit de 2001, o seu albúm solo de estreia, e Donuts de 2006, seu ultimo lançamento em vida, que colocam o virtuosismo e a idiossincrasia em pé de igualdade. Os grooves exuberantes e pesados ​​mostram o onipresente contra o esotérico, criando um som inconfundível e super experimental que ninguém conseguiu reproduzir ao longo desses anos.


 

Parte do acervo de discos de J Dilla em sua antiga residência em Detroit (Foto: Reprodução)


 

J Dilla e sua filha Ja'Mya, 2005 (Foto: Raph Rashid)


 

J Dilla em 2004, já bastante debilitado se preparando pra tocar bateria, o instrumento musical que sintetizou o seu trabalho como  produtor. (Foto: Roger Erickson)


Com uma produção tão rica entre o que ele e criou e produziu para si e para os outros, pode ser difícil filtrar tudo. Fizemos um compilado, uma lista de 30 discos com grandes produções de Jay Dee que você precisa e deve ouvir. Poderíamos chamá-los de os 30 melhores registros de J Dilla, mas essa declaração pode iniciar uma guerra ou mais (((risos!))). Então, ao invés disso, vamos dizer que estes são os 30 registros essenciais para entender a obra de J Dilla. A lista é um pouco extensa mais vale muito a pena conferir e conhecer um pouco mais sobre J Dilla e toda a magnitude e imensidão de sua obra.


1 - The Pharcyde - "Labcabincalifornia" (1995)

Com créditos de produção e instrumentação em seis das 17 faixas, o segundo álbum do The Pharcyde representa o primeiro grande lançamento de Jay Dee. Embora não seja tão amado e cultuado quanto ao álbum de estreia do Pharcyde, “Bizarre Ride II The Pharcyde” de 1992, ainda é essencial para os fãs de Dilla e The Pharcyde. Duas de suas produções mais clássicas estão incluídas como singles principais do álbum, “Runnin’”, sample do lindíssimo clássico da Bossa Nova “Saudade vem Correndo”, do álbum Jazz Samba Encore! de Stan Getz e Luiz Bonfá, J Dilla foi um dos primeiros produtores de Hip-Hop a samplear música brasileira, e a sensacional “Drop” que contém um dos videoclipes mais originais dos anos 90 dirigido por Spike Jonze,  e posteriormente um remix da faixa “She Said”. O envolvimento de J Dilla com Labcabincalifornia veio por sugestão do líder do A Tribe Called Quest Q-Tip, que desempenharia um papel importante na introdução de J Dilla no mundo do Hip-Hop, bem como no desenvolvimento de sua carreira.


2 - 1st DOWN – “A Day Wit' The Homies EP - 12" single” (1995)

1st Down foi um grupo de Hip-Hop de Detroit composto por Jay Dee e pelo rapper Phat Kat. A dupla assinou com a Payday Records em 1995 e lançou um EP, chamado "A Day Wit' The Homies", antes de se separar como grupo, devido a problemas com a gravadora. Eles mais uma vez se reuniram para o EP “Phat Kat's Dedication to the Suckers”, em 1999, que foi produzido inteiramente por Jay Dee. Algumas de suas colaborações adicionais entre Jay Dee e Phat Kat podem ser encontradas em “Fan-Tas-Tic (Vol. 1)” do Slum Village, “Welcome 2 Detroit” de Jay Dee e em ambos os álbuns solo de Phat Kat, “The Undeniable LP” e “Carte Blanche”.


3 - Mad Skillz – “From Where???” (1996)

O rapper de Detroit Mad Skillz, foi o primeiro artista a gravar oficialmente uma música de Jay Dee. Foi Q-Tip que apresentou Jay Dee para Mad Skillz em 1994. Jay Dee levou para o estúdio nas gravações de FROM WHERE??? - álbum de estreia de Mad Skillz lançado em 1996, uma fita com as batidas de “Runnin’”, “Drop” e “Somethin’ That Means Somethin’” para o The Pharcyde que na época estava em estúdio iniciando as gravações do já listado anteriormente Labcabincalifornia de 1995. Na mesma tape havia duas batidas para o álbum solo de estreia de Busta Rhymes - The Coming (1996) e mais outras duas batidas para Mad Skillz - “The Jam” e “It’s Goin Down”, essa última soa muito parecida com Runnin’, onde Jay Dee sampleou a música “Boa Palavra” de Sérgio Mendes do álbum Favorite Things de 1968. O produtor mais uma vez mostrou toda a força e diversidade da música brasileira, o resto é história. Ouçam FROM WHERE???, é um grande álbum particularmente falando, além das produções de J Dilla e do próprio Mad Skillz, o trabalho contém produções de Shawn J. Period, DJ Clark Kent, Buckwild, Large Professor, The Beatnuts, Diallo, EZ Elpee! Sem contar que Mad Skillz é um baita MC e possui um cérebro brilhante.


4 - De La Soul – "Stakes Is High" (1996)

“Stakes Is High” é a faixa principal e que também intitula o quarto álbum do power trio De La Soul, o primeiro trabalho do grupo sem a colaboração do mentor e produtor DJ Prince Paul. O loop de três compassos picados (Dilla sempre gostou de loops de três e cinco compassos) retirado do tema “Swahililand” do álbum Jamal Plays Jamal de 1974 do jazz master Ahmad Jamal, é considerado uma das grandes produções de todos os tempos de J Dilla. Em uma entrevista no popular podcast de Juan Epstein The Hip-Hop Heads, os membros do De La Soul revelaram que eles basicamente tiveram que enganar Q-Tip para que eles garantissem a batida para o grupo. Se você não é fã de colecionar singles, o álbum completo é obrigatório para os fãs de Hip-Hop clássico, apesar de ser a única faixa do álbum produzida por J Dilla, que também cuidou do remix da música, onde os The Plugs contaram com a participação certeira de Yasiin Bey aka Mos Def.


5 - A Tribe Called Quest ‎– "Beats, Rhymes And Life" (1996)

Na sequência de Stakes Is High veio o quarto álbum do A Tribe Called Quest. Como Labcabincalifornia, Dilla teve um papel importante neste lançamento, recebendo créditos em um terço das faixas. Embora a produção do álbum tenha sido oficialmente creditada ao The Ummah (coletivo de produção muscial formado por J Dilla, Q-Tip, Ali Shaheed Muhammad, e ocasionalmente Raphael Saadiq e D’Angelo), se você ler as letras miúdas (escritas nos créditos do álbum), você pode descobrir exatamente para quais faixas Dilla produziu, incluindo os dois singles do álbum, “1nce Again” e “Stressed Out”. O álbum seguinte do ATCQ, The Love Movement de 1998 merece menção honrosa, com Jay Dee sendo creditado em cerca de metade do álbum, incluindo o clássico single principal “Find A Way”.


6 - THE KATZ – “Come Fly With Me” (1996)

The Katz foi um grupo de Hip-Hop e R&B de Detroit composto exclusivamente só por mulheres, que lançou seu único EP chamado "Come Fly With Me" em uma pequena gravadora independente local na mesma época que 5-Ela (5-Elementz) e Slum Village estavam começando a se movimentar na cidade. Jay Dee foi figura importante na crescente cena Hip-Hop de Detroit na primeira e inicio da segunda metade dos anos 90, e como o produtor estave envolvido em tudo isso enquanto produzia as respectivas demos e estreias de todos esses grupos. Das oito faixas do EP que foi lançado apenas em fita cassete Jay Dee produziu três, enquanto o seu amigo DJ Dez, nome bastande conhecido da cena Hip-Hop “D”, produziu a maioria das outras. Não tive sorte em localizar o EP na íntegra, no entanto, apenas duas das três faixas produzidas por Jay Dee estão no Youtube; "Happy Dayz" e "Funny", são produções de Jay Dee do inicio dos anos 90, um som bastante cru e pesado, mas a programação de bateria marca registrada de Jay Dee é inconfundível. Registro obrigatório para os fãs de Dilla e muito mais interessante do que muitas das coisas produzidas posteriormente.


7 - Da Bush Babees – “Gravity” – “Gravity” (1996)

Do tempo em que James Yancey ainda era conhecido como Jay Dee e membro do The Ummah, abençoou o grupo de Hip-Hop undeground do Brooklyn, Da Bush Babees com uma composição “pralém” de adorável para a faixa-título de seu segundo LP, “Gravity” lançado em 1996. Gosto muito desse álbum do começo ao fim particulamente falando.



8 - Busta Rhymes - “When Disaster Strikes” – “So Hardcore” (1997)

Busta Rhymes sempre citou a produção de Jay Dee para seu segundo álbum de estúdio, “So Hardcore”, como uma de suas faixas favoritas produzidas por Dilla, que inclui um sample da faixa “Go to Hail” do celebrado álbum de estréia dos novaiorquinos do Black Sheep. Apesar de fazer uma aparição com The Ummah apenas em uma faixa do álbum, o lançamento recebeu muito sucesso comercial e elogios da crítica musical.


9 - Janet Jackson – “Got Til It’s Gone” (Ummah Jay Dee’s Revenge Remix) (1997)

Eu não vou fazer nenhuma afirmação de ser um fã de Janet Jackson, mas eu absolutamente amo essa música. Eu nunca teria imaginado que a combinação da irmã mais famosa e talentosa de Jacko, Q-Tip, e J Dilla daria um clássico do R&B. Não só Janet e Q-Tip trazem o melhor de ambos para a música, mas Dilla faz o que parece ser impossível e consegue transformar uma música da cantora folk Joni Mitchell em algo totalmente Hip-Hop. Lembro-me de ter lido em algum lugar, no entanto, que houve um pouco de controvérsia em torno dessa faixa, já que Janet Jackson recebeu os créditos de produtor e J Dilla não, daí o título do remix. Mas com todas as marcas registradas de Dilla presentes na faixa, ninguém confundiria esse som com outra pessoa que não seja Jay Dee.


10 - 5 Elementz - “The Album Time Forgot EP” (1998)

O 5-Elementz foi um grupo formado em Detroit em 1992. Os membros se conheceram enquanto estudavam na Osborn High School em 7 Mile. Os membros originais consistiam em  Thyme, Mudd, o lendário Proof (D12) que mais tarde se tornaria grande parceiro de Eminem, Jay Dee e DJ Head. Todas a ótimas faixas do EP foram produzidas por Jay Dee e só foram lançadas em fita cassete no final de 1998.  Como o próprio nome do disco sugere, de fato uma lost tapes, o álbum foi esquecido pelo tempo e poucos fãs de J Dilla realmente o conhecem. Fato é que a produção seguia uma linha parecida com o que vinha sendo produzido em parte de Nova York na época. Álbum essencial para entender o início da carreira de Jay Dee. Em 2017 o selo Chopped Herring Records teve acesso as masters originais de estúdio e lançaram em vinil este ótimo EP e o “Years Years EP 1993-1994” que também foi lançado apenas em fita cassete em 1996. Ouçam!

11 - The Roots – "Things Fall Apart" (1999)

Foi em Things Fall Apart que iniciou a tragetória de Jay Dee no The Soulquarians - e que começo! A pontência da faixa "Dynamite" é um bom exemplo das técnicas rítmicas que fizeram Questlove se apaixonar por Dilla. Os Roots nunca mais soaram como um conjunto de jazz depois do toque de midas de Jay Dee. Em outra parte do mesmo álbum; Jay Dee, The Roots, Erykah Badu e Eve (com a assistência de Jill Scott) rendeu a jóia "You Got Me", que deu o grupo o seu primeiro Grammy, sendo premiado como a canção de Rap do ano.


12 - Q-Tip – "Amplified" (1999)

Amplified é o álbum solo de estreia de Q-Tip, produzido e lançando depois da dissolução do A Tribe Called Quest. Tanto Q-Tip quanto Jay Dee cuidaram da maior parte da produção do álbum, que contém duas produções de DJ Scratch. O conteúdo e a atmosfera de Amplified é totalmente voltada para a vibe das pistas com batidas seriamentes funky e soulfoul. Jay Dee trabalhou para criar uma paisagem sonora cativante sobre a qual Q-Tip lança suas rimas tradicionalmente abstratas. O álbum em si, é uma grande demonstração da versatilidade de J Dilla como produtor. O próprio Q-Tip é, claro, um produtor incrível também. Provavelmente nunca saberemos quem fez o que nos créditos de produção compartilhada, mas você pode ouvir o toque de Q-Tip e Dilla em Amplified, e como uma força conjunta, sua música é quase perfeita. Destaques para os singles e clássicos das pistas do inicio dos anos 2000 “Vibrant Thing” e “Breathe and Stop”.


13 - Common – "Like Water For Chocolate" (2000)

Nos anos entre Beats, Rhymes And Life e Like Water For Chocolate, Jay Dee continuou a fornecer produções e remixes para outros artistas, incluindo Busta Rhymes, Keith Murray e Janet Jackson, ambos singularmente creditados e como parte do The Ummah. Os primeiros singles oficialmente lançados pelo seu grupo Slum Village começaram a aparecer durante este período também. Like Water For Chocolate marcou a formação oficial do The Soulquarians, coletivo formado por Questlove, Jay Dee, D’Angelo, Erykah Badu, James Poyser (que colaboraram amplamente na produção do álbum), Mos Def, Talib Kweli, Q-Tip, Bilal, Pino Palladino e Roy Hargrove completavam o coletivo. Foi o quarto álbum de estúdio de Common e foi considerado um avanço comercial e crítico para o artista. Jay Dee foi creditado por quase três quartos do álbum, incluindo o single principal o clássico “The Light”, sample da inconfundível “Oper Your Eyes” do Blue-eyed soul Bobby Caldwell.


The Soulquarians (Foto cortesia Red Bull Music Academy Daily, ano 2000)


 

DJ Premier, D’ Angelo, Jay Dee, Alan Alchemist e ao fundo o engenheiro de gravação Russell “Dragon” Elevado, durante as sessões das gravações do aclamado álbum “Voodoo” de D’ Angelo no lendário Electric Lady Studios em NY, 1998. Embora não tenha sido creditado como produtor de Voodoo, a profunda influência de J Dilla no projeto é notória do inicio ao fim, tanto na concepção e instrumentação desta obra-prima. (Foto: Reprodução)


 

“Voodoo”, lançado em janeiro de 2000 é o segundo álbum de estúdio de D’ Angelo, considerado o auge do artista e um dos lançamentos mais importantes do R&B e do Neo Soul, marcou também um dos melhores momento da Soulquarians Era.


14 – SLUM VILLAGE – “Fantastic, Vol.2” (2000)

Lançado alguns meses depois de Like Water For Chocolate, Fantastic, Vol. 2 é a versão super  polida de Fan-Tas-Tic Vol. 1, que foi lançado em primeira mão no circuito das tapes em 1997. Com o trabalho de outros membros do grupo T3 e de Baatin (falecido em 2009), Vol. 2 inclui versões atualizadas de faixas do Vol. 1, bem como faixas não lançadas anteriormente. Vol. 2 representa o primeiro título amplamente lançado apresentando Jay Dee na totalidade de um álbum como o artista completo que ele era: produtor, compositor, músico, rapper e MC. Apresentando clássicos de J Dilla como “Players”, “Raise It Up” e “Fall In Love”. Pete Rock e D’ Angelo assinaram duas produções de  Fantastic, Vol. 2, que também contou com as parcipações de Q-Tip, DJ Jazzy Jeff, Kurupt e Busta Rhymes. Audição essencial para qualquer fã e entusiasta da obra de J Dilla, sem desculpas.


15 - J-88 – “Best Kept Secret EP” (2000)

Best Kept Secret é um EP de J-88 (um apelido do Slum Village). Lançado antes da saída de Jay Dee do Slum Village, o álbum foi descrito como o elo perdido entre o aclamado Fan-Tas-Tic, Vol. 1 e Fantastic, Vol. 2, e inclui alguns remixes exclusivos de Madlib e do produtor londrino de broken beat IG Culture. Embora muito do material não tenha sido lançado anteriormente, duas das faixas, "The Look Of Love Pt. 1" e "Keep It On", permanece praticamente inalteradas em relação às versões encontradas em Fan-Tas-Tic, Vol. 1. Foi lançado em quantidades muito limitadas na época e não estava disponível para o grande público.


16 - Erykah Badu – “Mama’s Gun” (2000)

Jay Dee e os Soulquarians continuaram trilhando o caminho do Grammy quando ele trabalhou com Erykah Badu em seu segundo álbum para a Motown Records. A primeira colaboração deles: “Didn Don't Cha Know”, que foi indicada ao Grammy na categoria melhor música R&B do ano. A música começou com uma seleção aleatória de Badu na coleção de discos de Jay Dee em seu home studio em Detroit. Foi Common que apresentou Jay Dee para Badu. “Estou vasculhando essas caixas organizadas e bem embaladas, e acabei de tirar um disco, e a artista era Tarika Blue”, Badu lembrou anos depois. “Eu gostei desse nome.” Ele rapidamente repetiu uma parte da primeira faixa, “Dreamflower” produzida por Roy Ayers, e Badu começou a escrever. Ambos também colaboraram na dramática “My Life e“ Kiss Me on My Neck (Hesi) ”. Seis anos depois, quando entrevistada logo após o funeral de J Dilla, Badu creditou sua generosidade por moldar seu crescimento musical: "Ele é responsável por um pedaço do meu coração."

 

17 – BLACK STAR (Mos Def e Talib Kweli) “Little Brother” (2000)

Preso em Detroit durante uma tempestade de neve, Questlove testemunhou o nascimento desta batida, que foi uma tarefa extraordinariamente trabalhosa para Jay Dee. Dilla sampleou a música “Ain't Got Time” de Roy Ayers, mesmo sample utilizado pelo seu ídolo Pete Rock em “In The House” do álbum dos tempos de parceria com C.L. Smooth “The Main Ingredient” de 1994. Dilla passou um tempo dividindo a linha de baixo em um loop “apenas para praticar” e depois o descartou, mas Talib Kweli de alguma forma conseguiu o CD da batida, e ela se tornou um grande destaque da excelente trilha sonora do filme “The Hurricane” estrelado por Denzel Washington. Mas a verdadeira estrela dessa música foi Dilla Dawg.

 

18 - Guru’s Jazzmatazz featuring Bilal – Certified (2000)

Mesmo aqueles inclinados a criticar a já canstiva série Guru's Jazzmatazz por seu terceiro volume, com o duvidoso subtítulo “Streetsoul”, mas Jay Dee infundiu um novo vigor a franquia com uma batida contagiante, que consegue ancorar os vocais mesmo quando eles ameaçam ficar um pouco confusos. “Certified” contou com participação de Bilal, amigo e parceiro Jay Dee no Soulquarias, que para muitos é o maior “refrãozeiro” do Hip-Hop (((risos!))). Muitos desconhecem essa colaboração de J Dilla com o lendário Gang Starr foundation, Guru. Não deixem de escutar!


19 - Jay Dee aka J Dilla ‎– “Welcome 2 Detroit” (2001)

O primeiro álbum solo de Dilla, e início da transição do nome Jay Dee para J Dilla e o primeiro lançamento da série The Beat Generation do selo britâncio BBE. Produzindo inteiramente este trabalho, além de tocar vários instrumentos e rimar em várias das faixas, Dilla realmente abriu e bateu as suas asas aqui. Welcome 2 Detroit inclui um cover espetacular de “Think Twice” de Donald Byrd, bem como incursões em ritmos latinos, africanos e techno. O álbum também apresenta as primeiras aparições de muitos artistas de Detroit que ganharam destaque e atenção na cena Hip-Hop e no neo soul, incluindo Dwele, Karriem Riggins, Elzhi e a dupla Frank-N-Dank.


20 - Jay Dee – “Fuck The Police” (2001)

Seguindo o mesmo nome e as duras palavras de libertação do lendário N.W.A, Jay Dee foi instruído a escrever “Fuck The Police” por sua mãe, como um protesto contra o racismo e o assédio que ele recebia diariamente no lado leste de Detroit, região onde sua familia reside até hoje. A música era tão incendiária que MCA Records gravadora na qual J Dilla era artista contrado junto ao Slum Village se recusou a lançá-la, foi então que F* The Police acabou sendo lançada como um single 12″ pela gravodora indepente angelina Up bove Records.


 

Maureen “Ma Dukes” Yancey, mãe de J Dilla. (Foto: Reprodução)


21 - “The Official Jay Dee Instrumental Series Vol.1: Unreleased e Vol. 2: Vintage EP” (2002/2003)

Os EPs foram compilados por Jay Dee e por seu amigo de Detroit e produtor de trip-hop membro do grupo “Tiny Hearts” Waajeed, e é uma coleção de batidas inéditas. Vol. 1 Unreleased foi distribuído pelo selo Bling 47 (fundado por Waajeed) e está disponível principalmente no site do selo, e foi seguido pelo lançamento de Vol.2: Vintage, três meses depois, que apresenta faixas inéditas compiladas por Jay Dee no período de 1993-1998. Essas batidas podem representar o trabalho mais simples de Jay Dee, antes de entrar em sua fase mais experimental, mas contêm sua marca registrada de filtragem pesada, linhas de baixo sincopadas e sons lo-fi.  Esses dois Eps tem algumas das melhores batidas de Dilla dos anos 90 e é essencial para os Jay Dee geek’s.


22 – JAY DEE – “RUFF DRAFT EP” (2003)

Considerado o álbum mais experimental de Dilla, foi originalmente lançado como um EP somente em vinil distribuído pelo selo alemão Groove Attack, com quem o Slum Village havia lançado anteriormente o já listado EP Best Kept Secret sob o aliase J-88. Foi relançado pela Stones Throw como uma versão extendida incluindo os instrumentais em 2007 após sua morte. “Nothing Like This” serve como faixa de destaque do EP, com vocais distorcidos repetindo-se ao longo de um refrão, palavrões e um riff de guitarra, mostrando toda a sua versatilidade com diferentes estilos. Destaque também para quentíssima "Crushin' (Yeeeeaah!)", sample da música “Sweet Stuff” do álbum “Sylvia” de 1976, da fundadora da Sugarhill Records e também conhecida como  a “Mãe do Hip-Hop”  Sylvia Robinson.



É também o primeiro lançamento a levar o nome de ‘Jaylib’ (nas notas e créditos do encarte); o duo colaborativo de J Dilla e Madlib, que só estrearia alguns meses depois.


23 – JAYLIB – “Champion Sound” (2003)

O anúncio de um projeto colaborativo completo entre J Dilla e o também genial produtor, rapper e músico Madlib, foi uma perspectiva incrivelmente excitante para os fãs de ambos. Depois de J Dilla ouvir remixes de Madlib de algumas de suas obras, uma conexão foi feita e o time dos sonhos formado. Indo e voltando de Detroit para Los Angeles, batendo nas batidas um do outro, o projeto lançado pela Stones Throw Records correspondeu as expectativas e ajudou a elevar o perfil e a carreira de ambos. Este álbum pode ter gerado sozinho ou reforçado uma tendência de já consagrados artistas do Hip-Hop colaborando entre si em trabalhos antológicos, Madlib seguiu a mesma receita com MF DOOM em Madvillainy no ano seguinte. Mas voltando para Champion Sound, as faixas “Starz”, “The Official”, “No Games” e “McNasty Fith” são os destaques do álbum. Champion Sound foi relançado e expandido em CD em 2007 e relançado em vinil em 2009, vale a pena também buscar uma prensagem anterior, onde consta a versão original de “The Red”, que infelizmente agora aparece com uma batida alternativa, devido a um problema de liberação de sample. Champion Sound marcou também em definitivo a mudança de Dilla para Los Angeles, onde residindiu até os seus ultimos dias.


24 - Frank N’ Dank – “48 Hours” (2003)

O grupo de Detroit formado pelos rappers Frank Nitt (FRANK) e Dankery Harv (DANK), assinaram um contrato para gravação de seu álbum de estreia com a MCA Records em 2003, mas o projeto foi inicialmente rejeitado pela gravadora e arquivado. 48 Hours é um daqueles discos que ficou mergulhado na mitologia do Hip-Hop underground por anos, diversas cópias piratas eventualmente surgiram. Uma produção de J Dilla com quase nenhum sample? De acordo com Frank Nitt, "ao contrário da crença popular, nunca houve uma 'versão original' de 48 Hours. Começamos a gravar músicas para samples de batidas criadas por Dilla e conseguimos 80% do álbum pronto, e Dilla decidiu mudar as batidas para todas as músicas." Dilla recriou as batidas baseadas em sintetizadores e instrumentação ao vivo (incluindo uma contribuição de Questlove) predominando sobre os samples para os MC’s rimarem. O álbum foi inteiramente produzido por J Dilla.  A Delicious Vinyl, em colaboração com Yancey Media Group, lançou 48 Hours em seu estado original em 2013. Acredita-se que a primeira versão de 48 Hours continha excessivos samples, e isso pode ter sido um fator para sua rejeição pela MCA, devido aos problemas que poderiam ocorrer para liberação dessas amostras.

 

25 - J DILLA – “Donuts” (2006)

Este foi o último trabalho de J Dilla em vida... a grande obra de seu catálogo de lançamentos que escreveu o futuro da música Hip-Hop para muitos. É também o lançamento mais vendido e, embora alguns possam argumentar que não foi seu melhor trabalho, foi a personificação do homem cujos dias estavam contados e cuja mente talentosa usou o poder da música para transmitir os melhores pensamentos em sua mente. “Lightworks”, foi uma das faixas mais populares do álbum, e também é um dos pontos de entrada para muitas novidades em sua música. “Last Donut of the Night” é também uma das mais emocionantes, com coração e alma saindo de cada faixa. Todo esse lançamento inspirou muitos produtores de Hip-Hop e da música eletrônica a lançar "beat tapes" e produções mais curtas. Donuts foi lançado pela Stones Throw no aniversário de J Dilla, pouco antes dele falecer, 3 dias depois. Recebeu aclamação universal e é considerado um dos melhores álbuns instrumentais de Hip-Hop da história.


26 - J DILLA – “The Shining” (2006)

The Shining é o terceiro albúm de estúdio de J Dilla e o segundo álbum póstumo, e marcou o reencontro do artista com a BBE Records, que havia lançado o já listado Welcome 2 Detroit, o álbum de estreia de J Dilla. The Shining serve como uma vitrine dos talentos e da versatilidade de J Dilla, que o apresenta não apenas como produtor, mas também como rapper, MC e músico. Assim como “Donuts”, “The Shinnig” também foi produzido, em grande parte, num quarto de hospital, durante os últimos dias de vida de Jay Dee. Infelizmente, o disco não foi terminado antes da passagem do produtor. Como o álbum estava no final das contas apenas 75% completo no momento da morte de J Dilla, seu amigo e produtor de Detroit Karriem Riggins foi confiado pela mãe de Dilla e pelo próprio J Dilla para a conclusão e do álbum, sendo finalizado e lançado em agosto de 2006. Participaram do álbum como artistas convidados Busta Rhymes, Common, Pharoahe Monch, D’Angelo, Madlib, Black Thought, Medaphor aka M.E.D. e Guilty Simpson. É um trabalho extremamente potente e cheio de energia, considerado o ápice do trabalho de produção de J Dilla, pois mostra uma enorme evolução em suas técnicas e habilidades.


27 - Mick Boogie Presents Busta Rhymes + J Dilla ‎– “Dillagence” (2007)

Dillagence é uma mixtape colaborativa entre Busta Rhymes e J Dilla, lançada em novembro de 2007, como um download gratuito. Criada em colaboração com o DJ Mick Boogie (aquele mesmo, parceiro de DJ Jazzy Jeff nas mixtapes anuais “Summertime”), como o nome já diz, a mixtape é uma homenagem a J Dilla e inclui instrumentais compostos pelo produtor que nunca haviam sido utilizados até o momento, no qual foram escolhidos 15 a dedo para Busta Bus destruir nas rimas com seu flow inigualável, abrindo com a linda “Words From Ma Dukes”. Dilla deixou muito material musical para Busta Rhymes com quem colaborou em todos os seus álbuns desde “The Coming” de 1996 e nutriam grande amizade. “Minha química musical com J Dilla é apenas algo que ... eu realmente não acho que as palavras podem fazer justiça ao descrevê-la. É mais uma sensação. É mais uma coisa vibe. É uma coisa de energia.”, compatilhou Busta Rhymes ao final da mixtape. Vale muita a pena conferir essa mixtape impecável.


28 - ILLA J – Yancey Boys (2008)

É o álbum de estreia de John Derek Yancey aka ILLA J, irmão mais novo de Jay Dee, foi lançado pela Delicious Vinyl usando batidas criadas durante o tempo do produtor com a gravadora, aproximadamente de 1995-1998 (menção honrosa também, para compilação “Jay Deelicious: The Delicious Vinyl Years (Originals, Remixes & Rarities)”, lançada em 2007, que mostra os primeiros trabalhos de Dilla com o The Pharcyde, e remixes para contora de R&B N’Dea Davenport e para a banda londrina de Acid Jazz The Brand New Heavies). Como resultado, o som Yancey Boys é mais robusto e corajoso do que as produções posteriores de J Dilla. A bateria uptempo em “We Here” bate forte, e os sintetizadores dão o tom. Com seu irmão ILLA J cantando antes de criar rimas num clima bem pista. Destaque também para faixa “Timeless”. ILLA J se tornou um artista maduro, suave e de vocais finos, e um ótimo rapper e produtor também, criando o seu próprio trabalho longe da sombra de seu irmão, mostrando de uma de uma vez por todas que em matéria de música a familia Yancey é realmente abençoada.



29 - J DILLA - “ANTHOLOGY VOLUMES 1-2-3-4-5-6” (2009)

Coleção incrível de produções de J Dilla ao longo de sua carreira lançada pelo selo Gran Slam Records; remixes raros, b-sides, colaborações inéditas com Jamiroquai, Daft Punk, Das EFX, Maxwell, Steve Spacek, Macy Gray, Cameo e Faith Evans (essas vocês não sabiam (((risos!))) entre outros, faixas difíceis de encontrar e de lançamento limitado. Todos os 6 volumes são em vinil duplo com uma média de 16 faixas em cada álbum. Esta é uma mina de ouro para todo colecionador e fã de J Dilla. Todo o lucro sobre as vendas da coleção foram revertidos para a família Yancey.


30 - SLUM VILLAGE – “VOLUME 0” (2016)

A marca que J Dilla deixou no Hip-Hop durante os anos 90 e do início dos anos 2000 é inegável, e seu trabalho com De La Soul, Busta Rhymes, The Pharcyde e tantos outros, há muito está cimentado nos anais da história da cultura Hip-Hop. Seu tempo como membro do seminal grupo de Detroit, Slum Village, está entre os maiores e mais proliferos momentos de sua curta e intensa carreira. Seu trabalho com os rappers Baatin e T3 seria uma forte influência sobre rappers da atualidade como Kanye West e Kendrick Lamar, e ganharia elogios da crítica generalizada e comparações com outros grupos lendários como A Tribe Called Quest.



O Slum Village continuou e recrutou novos membros ao longo do caminho. Apesar disso, novas composições de Dilla ainda estão sendo descobertas e seu legado continua a ser compartilhado e celebrado com o público do Hip-Hop. A Ne'Astra Music Group lançou em 2016 uma nova compilação de material raro de Dilla: Vol. 0. Dez faixas com a clássica programação do Slum Village com Dilla nos vocais e produção, com Baatin e T3 também no microfone, coletadas pelo  atual membro do SV Young RJ, material inédito e demos gravadas entre 1994 e 1997. Um pedaço da história do Hip-Hop que, de outra forma, teria mergulhado na obscuridade, até hoje. Se o álbum póstumo “J Dilla The Diary” lançado também 2016, não bateu legal em você (pelo menos em mim não bateu), Slum Village Vol. 0, é onde você ouvirá  J Dilla e a formação original do SV em plena forma e vigor.


 

Slum Village foundation: Jay Dee, T3 e Baatin (Foto: officialslumvillage.com)


As tendências vêm e vão. Estilos e subgêneros nascem, evoluem e desaparecem, mas uma coisa é notoriamente certa: J Dilla foi um gênio, e de forma irrefutável continua a ser um dos artistas mais talentosos, versáteis e influentes do nosso tempo. A sua contribuição e legado para a cultura fez dele uma lenda e um nome para sempre gravado na história da música. Numa época em que muitos dos seus contemporâneos estavam ainda mais interessados ​​na vaidade, Dilla estava mais interessado na exploração através da música, e isso fez dele, único. Qual é o melhor produtor de Hip-Hop da história? Difícil mensurar isso, mas certamente J Dilla está incluído com louvor nessa lista.


REST IN BEATS J.DILLA

 


Carlos Tico: Historiador, Apresentador na Dublab Brasil, Discotecário e Pesquisador Musical.

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