VOCÊ REALMENTE COMPREENDE O AUTISMO?
VOCÊ REALMENTE COMPREENDE O AUTISMO?
Abr 02, 2021

VOCÊ REALMENTE COMPREENDE O AUTISMO?

Victor Santo FOTO: Reprodução

Desde 2007, a Organização das Nações Unidas instituiu a data de 02 de Abril, para que o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, seja uma forma de alertar todos os países do mundo e suas respectivas autoridades sobre a importância de se criar narrativas inclusivas e programas necessários para que todos compreendam o Transtorno do Espectro Autista e principalmente como forma de eliminar o preconceito e a estranheza de muitos sobre esse assunto.


O autismo não é algo isolado, ele, assim como outros distúrbios, são responsáveis por uma considerável e relativa desordem do desenvolvimento do cérebro. Desde síndromes que causam um determinado impacto na vida da pessoa, nas relações sociais e no que tange o campo sensorial. É por isso que autistas são únicos, especiais e cada um tem sua peculiaridade e percepção mais que apurada sobre as coisas.


Neste ano no Brasil, esta data será celebrada sob a luz do tema “Respeito para todo o espectro”, este que surge em um momento bastante oportuno em função de como a pandemia que vivemos mudou nossa percepção sobre o todo, e claro, também no sentido de servir como mais um ponto de reflexão, ou seja, até onde conseguimos entender as limitações do outro, o quão empáticos conseguimos ser e o que de fato entendemos por respeito.


Hoje em dia fala-se muito em respeito às leis que regem e asseguram os direitos das pessoas com deficiência, incluindo as pessoas com transtorno do espectro autista. Que nunca esqueçamos que o respeito não é amparado por leis e que ele mora nos pequenos gestos e gentilezas que fazemos, mas infelizmente quando se trata de indivíduos com autismo, as vezes falta reciprocidade, compreensão e sensibilidade em um mar de rótulos e julgamentos.


Conversamos com pais mais do que especiais que sabem exatamente o que se passa em uma rotina autista e eles dividiram um pouco conosco do STREETOPIA sobre a importância da conscientização em um dia com esse:



“Trata-se de um dia muito importante de conscientização e inclusão para todos que se encaixam no TEA (Transtorno do Espectro Autista) e esse assunto está cada dia mais em destaque, o que já é uma grande vitória. O autista é um indivíduo igual a todos nós, mas que é incompreendido, e só quer respeito e amor.  E por estarem em uma outra sintonia eles são maravilhosos e únicos! Tenho muita sorte de ter sido escolhido para ser pai de um, pois é cada dia um aprendizado…” - Diz Felipe 'Flip' Yung, pai do Bento, que desde o ano passado, através de sua arte, tem pensado na criação de coleções comemorativas sobre o espectro autista como forma de orientar pessoas e também para ajudar a pagar o tratamento de seu garoto.



Caminhando para sua segunda Edição Especial Comemorativa do Dia Mundial de Conscientização do Autismo, a coleção deste ano será uma collab única entre filho e pai em um pack formado por camiseta + cordão de chaveiro + adesivos. Chamada de 'MONTE ORIGENS', Bento Yung, que ama pintar, complementa a coleção e o desenho do pai com seus traços abstratos e bastante expressivos.




“Na minha visão é uma data importantíssima, pois é quando milhares de pessoas, tanto para aquelas que tem espectro, seus familiares, instituições e profissionais da saúde, podem levantar a voz para reforça a necessidade de entendermos mais sobre o TEA. Através de diversas atividades e ações realizada no dia podemos levar informações, que irão gerar o conhecimento e através dessas informações estaremos no caminho para a diminuir a visão distorcida e preconceituosa que as pessoas possam ter com relação não somente para com a pessoa com TEA, mas com outras deficiências também. E aos poucos as pessoas começam a entender que todos merecem empatia, respeito e espaço para que possam desenvolver suas habilidades sem cobranças e parâmetros irreais
...” - Luana Watanabe, mãe da Ana Clara.



“Conscientização sobre o autismo é um assunto de extrema importância para mim. Nem todo mundo conhece uma pessoa com autismo, mas todo mundo que conhece, só conhece essa pessoa. Ou seja, nenhum indivíduo com autismo é igual. Além disso, à distância, o autismo pode ser visto como uma condição “invisível”. Podemos identificar visualmente uma pessoa em uma cadeira de rodas, por exemplo, mas o autismo nem sempre é muito óbvio à primeira vista e até suas manifestações são únicas. Portanto, a conscientização da comunidade também é uma parte essencial dos meus esforços de defesa de direitos. Para que as pessoas não apenas compreendam e aceitam mais meu filho, mas também se interessem em conhecê-lo por quem ele é, um garoto extremamente carinhoso, espirituoso e inteligente! Ninguém precisa ser um especialista em autismo, mas devemos expressar mais empatia e compaixão.
Aproveito esse tempo como mais uma oportunidade para iniciar conversas com  pessoas próximas a nós, e até mesmo com meu filho, para celebrar sua singularidade, para capacitá-lo e incentivá-lo a se tornar seu próprio defensor. Ao longo dos anos, substituímos nosso medo do futuro por trabalho prático, e aprendendo a celebrar cada pequena vitória, cada habilidade adquirida, independentemente de quão “simples” possa parecer. Eu celebro Christopher por muitos motivos, incluindo sua individualidade, seus gostos, senso de humor e alegrias que vêm com (não apesar) do autismo…” Sandy Norfleet, mãe do Christopher.



“Pra mim a importância nesta data está mais em ajudar as pessoas a como lidar com o autismo e os autistas em sociedade. Como se referir a uma criança ou adulto, como entender suas diferenças e comportamentos, e ensinar seus filhos a ter empatia por eles, evitando pré conceitos e colocando em desuso termos como "doença, mas ele não tem cara de, mas é um grau leve ne?... e coisas do tipo". Como mãe, acho importante falar sobre o tema de uma maneira natural e contínua, assim como nas conversas em família e nos ciclos de amizade e convívio. Dessa maneira, todos aprendemos e crescemos juntos como sociedade. Acho que é isso. Datas não fazem pessoas, pessoas fazem datas...” - Shirley Tavares, mãe do Gael.


Neste Dia Mundial de Conscientização do Autismo, compreendamos que empatia nunca é demais e perceber o outro através de suas limitações e particularidades é um excelente começo para vivermos melhor.


O STREETOPIA, através de suas ações proativas, está prestes a lançar um projeto voltado à inclusão e sobre a importância de crianças autistas e seus familiares na prática de esportes, neste caso, o basquete.


Aguardem mais informações!

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