PERFIL STTP - Carlos Andreoli #013
PERFIL STTP - Carlos Andreoli #013
Mai 13, 2021

PERFIL STTP - Carlos Andreoli #013

Victor Santo FOTO: Julio Nery

 

Carlos Vicente Andreoli ou somente Dr. Andreoli, é médico ortopedista da Seleção Brasileira de Basquete, Diretor do Departamento de saúde da CBB e fundador do Instituto do Atleta, contou ao STREETOPIA quando decidiu se especializar em medicina esportiva e em que momento o basquete passou a fazer parte de sua profissão.


Andreoli sempre esteve muito ligado ao esporte desde criança. Sem tempo ruim, era daqueles que gostava de praticar todas as categorias, mas em 1980, quando era aluno do ensino fundamental do Colégio Rio Branco, teve seu primeiro contato com o basquete através de um professor de educação física que o convidou para fazer parte do time.

 


O convite deu tão certo, que além de ter sido campeão com o Colégio Rio Branco contra o Colégio Santa Cruz em um campeonato entre escolas, chegou a passar por algumas categorias da federação paulista de basquete, desde a categoria mini até o juvenil, tendo jogado por clubes como Clube Paineiras do Morumbi com o técnico Edélcio Paschoalim, Basquetebol da Sociedade Esportiva Palmeiras com o técnico Édson Santos, Clube Atlético Paulistano e finalmente o Clube Sírio com o técnico Ary Vidal, onde foi vice campeão Paulista. Além disso, ele é extremamente grato por atribuir à eles parte de sua formação como pessoa.


No momento em que Andreoli estava prestes a subir de categoria, se tornava calouro de medicina na Pontifícia Universidade Católica: “Naquela transição, aconteceu que eu entrei na faculdade de medicina entre o primeiro e segundo ano de juvenil. Então eu era juvenil no primeiro ano do Sírio, nosso time ter sido vice-campeão paulista e meu ano forte seria o juvenil segundo ano foi quando eu entrei na faculdade. E aí, no ano que eu realmente talvez fosse aumentar o ritmo de treinamento, acabei entrando na medicina...”. A área de saúde e biológica sempre esteve por perto de alguma forma, e com certeza, o fato de sua irmã mais nova ter se graduado em medicina, contribuiu para que percorresse esse caminho.

 

Mesmo na universidade, ele lembra que naquela época os esportes universitários eram muito fortes, e claro, não perdeu a oportunidade de disputar alguns campeonatos regionais e posteriormente fazer parte da atlética: “Fui eleito presidente da atlética calouro, então eu realmente vivi intensamente essa parte de esportes dentro da faculdade, mas aí o ritmo já era outro e acabei indo para à medicina...”

 

O fato de ser muito apaixonado por esportes nos tempos de residência, fez com que de forma muito natural, desse seus passos em direção à medicina esportiva: “Naturalmente ao longo daqueles seis anos, eu ia um pouco mais para a medicina esportiva e ortopedia. Eu acabei fazendo a faculdade em Sorocaba, e quando voltei à São Paulo, fiquei um ano no exército e acabei fazendo o curso de especialização em medicina esportiva. Depois em 95, 96 e 97, fiz ortopedia, e no quarto ano de residência em 98, abriu pela primeira vez uma residência só de traumas do esporte. Foi assim que entrei no ramo de medicina esportiva com ortopedia...”

 

No universo de traumas do esporte, Andreoli passou a ter contato com lesões do tipo musculares, fraturas por stress, luxação de ombro, lesões de cruzado, entre muitas outras, estas que não são tão frequentes no cotidiano, e por isso o interesse de se especializar e oferecer ao atleta uma amplitude de atendimento, diagnostico, tratamento e recuperação eficaz:

 

 

Já estava escrito que o basquete ocuparia uma considerável parte de sua vida, e em 2003, paralelamente a ortopedia esportiva, recebe o convite para se tornar médico da Seleção Brasileira de Basquete e ganha seu primeiro título em competições profissionais: “A minha primeira viagem com a seleção foi para o campeonato Pan-Americano na República Dominicana, onde fui campeão com Alex Garcia, Tiago Splitter, Anderson Verejão e toda aquela geração...”

 

O trabalho na seleção brasileira apresenta uma caraterística peculiar e exige que o profissional desempenhe o melhor dentro de sua especialidade, principalmente por se tratar de atletas que vem de países e times diferentes e que por sua vez, possuem rotinas distintas, porém com a mesma intensidade. Tudo é feito para oferecer o suporte adequado ao atleta.

 

Toda linha de pesquisa e estudo que Andreoli desenvolveu ao longo sua carreira é dedicada ao basquete, e impossível não falar sobre questões preventivas e corretivas de deficiências para melhor aproveitamento e capacitação física do atleta: “Hoje você junto ao atleta, fazendo uma avaliação completa, medica, física, funcional, consegue identificar algumas de suas deficiências, corrigir e procurar ao máximo dentro de uma equipe multidisciplinar, que sua condição física seja melhorada para que ele possa praticar...”

 

A gestão de riscos através do trabalho multidisciplinar entre técnico, médico e nutricionistas, garante os ganhos necessários para que o atleta profissional consiga desempenhar sua função minimizando erros, lesões e que consiga entregar resultados de forma satisfatória.

 

A carreira bem-sucedida de Andreoli na medicina e também no esporte, foi bastante influenciada por duas figuras bastante marcantes. Uma, por estar totalmente ligado aos basquete nos anos 90, foi Michael Jordan, e outra, já como médico, do também médico e professor da UNIFESP, Dr. Moisés Cohen, um dos que ligavam a ciência à ortopedia do esporte com excelência.

 

De forma muito grata e generosa, Andreoli conclui traduzindo o basquete em uma só palavra: “Eu acho que paixão mesmo. Eu me apaixonei pelo basquete, a vida inteira estive ligado ao basquete, minha linha de pesquisa na vida, é com o basquete...”

 

 

 

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