Frequentemente nos deparamos com notícias de equipes esportivas nos Estados Unidos sendo vendidas para ex-jogadores, bilionários ou até mesmo para um seleto grupo de investidores. A grande verdade é que todos aqueles que investem nas equipes não a fazem apenas por diversão, existe um negócio extremamente lucrativo por trás disso.
Na NBA, por exemplo, há 25 anos atrás, as franquias valiam em média 10% do que valem hoje. Quando o Utah Jazz foi comprado em 1985, o valor era de 22 milhões de dólares, hoje, a franquia vale cerca de 1,6 bilhões de dólares. Outro caso mais recente é o do Milwaukee Bucks, que viu seu valor de franquia quase quadruplicar em 6 anos, passando de U$405 milhões em 2014 para U$1,58 bilhão em 2020.
O modelo de gestão da NBA, somado a todo sucesso do basquete no mundo ajuda e faz com que cada vez mais pessoas se interessem em investir nessa estrutura. E isso é muito positivo para a liga, uma vez que sempre que as franquias vendem participações minoritárias, podem reinvestir esse dinheiro em, por exemplo, um novo centro de treinamento, o que a valoriza a longo-prazo e, consequentemente, melhora os resultados esportivos e performance financeira das equipes.
O gráfico fornecido pela empresa de dados financeiros Pitch Book compara a valorização média de 2002 a 2020 das equipes da NFL, MLB, NBA, NHL e do índice S&P, que mede o mercado de ações reunindo as 500 maiores empresas do mundo na Bolsa de Valores dos Estados Unidos.
Já é possível ver a grande diferença de crescimento da NBA em comparação às outras ligas e a valorização das ações de empresas americanas, totalizando um crescimento 2,55 vezes maior que o índice S&P. Isso pode ser explicado pela nova onda de globalização da NBA, projetos inovadores como o NBA Top Shot e até os bons contratos televisivos garantidos pela liga, que geraram uma resiliência financeira muito positiva em meio a pandemia.
Outro fator ainda relacionado a essa valorização e que pode ser chave nos próximos anos foi de que a NBA aprovou em 2021 a compra de parte de cada franquia por parceiros institucionais e fundos de investimento, o que pode permitir por exemplo que o Harris Blitzer Sports & Entertainment compre uma parte ainda maior do Philadelphia 76ers e que sem dúvidas vai atrair ainda mais investidores.
Claro que investir em uma franquia da NBA ainda é limitado a um seleto grupo de pessoas no mundo, mas esse cenário vem mudando. Quem sabe em um futuro próximo não seja possível investir nesses ativos?
Entre ações de empresas ou franquias na NBA, a minha única dúvida seria em qual franquia investir.
