PERFIL STTP - Carol Monteiro #015
PERFIL STTP - Carol Monteiro #015
Jun 10, 2021

PERFIL STTP - Carol Monteiro #015

Victor Santo FOTO: Gabi Nery / Julio Nery

A atleta amadora e professora de Educação Física, Carolina Monteiro, contou ao STREETOPIA quando se apaixonou pelo basquete e como através dele e com o auxílio de sua profissão, deseja formar o maior número de crianças e garantir que no futuro o esporte faça a diferença em suas vidas de alguma forma. 

 

Aos sete anos ela teve seu primeiro contato com o esporte. Primeiro foi a natação, depois o judô e tentou até mesmo o ballet, mas percebeu que o estilo de dança não era muito sua praia por não ser tão dinâmico quanto a maioria dos esportes. Até que um dia, na escola que estudava, o professor de Educação Física comentou sobre a abertura de uma escolinha de basquete no clube paulistano Círculo Militar: “Eu fui, gostei demais. Era uma época muito legal, por que eu sou da geração de 91 e 92. Jogadoras como Tati Pacheco, Tati Paixão, que são um ano mais velhas, também começaram lá. Com 10 anos comecei a jogar no Círculo e não parei mais...”

 

 

Até então, todas as modalidades que ela havia tido contato eram individuais, mas quando percebeu a mecânica do basquete e principalmente por ser um esporte coletivo, além de se apaixonar, fez toda a diferença: 

 

 

O senso de pertencimento combinados com muita dedicação e disciplina, contribuíram para que ela se desenvolvesse muito mais rápido do que imaginava. Aos 12 anos, e de casa nova, ela já era atleta da Federação Paulista de Basquete, como jogadora do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa.

 

Além do foco, Carol lembra de uma das figuras mais inspiradoras e que sem dúvida fez toda a diferença em seu jogo: “Eu sempre vi o Iverson jogar e pra mim aquilo era muito absurdo o que ele fazia com a bola. Era muito plástico e artístico e ao mesmo tempo agressivo... Eu olhava e falava nossa, que legal.  Ele foi o cara que eu olhei e falei, quero fazer as mesmas coisas. Aquilo foi muito impactante..!” Outra figura muito inspiradora, foi a Magic Paula a quem teve o prazer de encontra-la já ocupando a posição de Diretora do Centro Olímpico: “Eu via a Paula sempre. Ela descia e falava com a gente. Depois encontrar com ela em 2020 e ela me reconhecer e lembrar que eu era atleta do Centro Olímpico, foi muito legal...”

 

Entre seus 10 e 19 anos atravessou um período o qual ela dedicou 100% ao basquete, mas quando percebeu que não seguiria profissionalmente, se afastou por alguns meses até mesmo para decidir quais seriam os próximos passos que iria trilhar. Quando um atleta da base percebe que não irá conseguir chegar em um time adulto, é normal que dedique um tempo para si, para buscar entendimento e ponderar sobre onde irá investir suas energias.

 

O plano estava traçado e matricular-se em um curso de educação física foi sua escolha. Ironicamente, um semestre mais tarde, se reencontraria com o basquete jogando no time da faculdade, onde mandou muito bem durante os quatro anos de graduação: “Sentir aquela emoção de novo foi sensacional. Meu time foi muito bom, durante pelo menos 3 anos, sempre chegávamos às finais. Minha faculdade não dava bolsa, era na raça...”

 

Carol então, enquanto estudava, começou a trabalhar em uma academia e logo percebeu que aquele não era o tipo de ambiente que enchia seus olhos, até que teve a oportunidade de se tornar estagiária do Colégio Bandeirantes através do convite de uma conhecida que trabalhava lá: “Passei na seletiva, comecei a estagiar lá. Quando entrei, passaram-se uns 4-5 meses, e o técnico que era do feminino saiu porque tinha recebeu uma proposta e aí eu já consegui no meu primeiro ano estágio estar junto com os técnicos, coisa que geralmente só quem era formado faria. Então eu já estava auxiliar técnica do time feminino de basquete e meu estágio durou 2 anos...”

 

Sempre a favor do esporte como um dos principais pilares da educação, foi nesse estágio que Carol teve certeza de que era aquilo mesmo que gostaria de fazer, ou seja, transmitir todo seu conhecimento para jovens: “Eu gosto de ensinar e eu quero trabalhar com crianças. Tive bons professores de educação física e quero ser uma boa professora tanto de educação física quanto uma técnica de basquete para as minhas crianças. Foi ali que falei: Aqui é o meu lugar...”

 

Nada faria mais sentido nessa linda jornada dedicada ao esporte, se o basquete não estivesse dentro de seu propósito, e assim com todo talento ser instrumento de ensino e inspiração para tantas crianças, assim como foram seus professores.




 

 

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