Cláudio Mortari Junior, ex-jogador de basquete, é professor de Educação Física e um dos responsáveis pela Think Sports, agência de marketing e negócios esportivos, especializada em desenvolver e operar Metodologias Esportivas, ele dividiu conosco do STREETOPIA como, através de seu pai, Claudio Mortari, um dos grandes nomes do basquete brasileiro, desenvolveu uma relação de amor, e cumplicidade com o esporte.
Desde os cinco anos de idade já brincava de basquete junto com seu irmão Bruno no Esporte Clube Sírio, eles foram certamente influenciados de alguma maneira pelo pai, nesta ocasião, técnico da categoria adulta (de 1983 a 1985) e responsável pela conquista de títulos como o paulista, brasileiro, campeonato sul-americano e o mundial que entrou para história, primeira conquista de um time brasileiro de basquete de um título desta grandeza.
Como moravam próximo ao estádio do São Paulo Futebol Clube, e os irmãos sempre foram muito parceiros, pois um apoiava o outro, passaram a frequentar um programa esportivo que possibilitava o contato com diversas modalidades, e assim iniciaram na escolinha de basquete do clube: “Meu irmão sempre me copiou e um apoiava o outro. Como eu era mais velho, estava em uma categoria a frente e ele começou a treinar junto comigo e se destacar. Até hoje temos uma relação muito boa, de muita troca...”
Claudio, que jogou até os 17 anos nas categorias de base do clube, recorda que era um jogador padrão que não era tão rápido ou marcava tão bem, mas só pelo fato de estar comprometido com o treino e com o jogo em si, faria toda a toda a diferença nos passos e escolhas mais adiante em sua vida, época que estava ainda decidindo sua profissão:
Finalmente, após ter decidido, dedicou-se à Educação Física durante os tradicionais quatro anos de graduação e posteriormente acabou se especializando em cursos de pós-graduação e mestrado. O mais legal dessa história, é que Claudio, além do basquete, conseguiu enxergar a beleza de outras modalidades esportivas, suas peculiaridades e principalmente a maneira que cada uma delas era conduzida. Prova disso, são algumas figuras que ao longo de vida se tornaram motivo de inspiração, como o ex-goleiro Zetti (seu ídolo desde criança), Rubens Barrichello pelos exemplos de superação e legado que construiu no automobilismo, a carreira inspiradora de Rogério Ceni no São Paulo Futebol Clube e o quão especial foi ter acompanhado de perto a carreira de Oscar Schmidt e Marcel Souza no basquete.
Profissionalmente, Claudio Mortari iniciou no Centro Olímpico de São Paulo com atividades dedicadas ao basquete, em seguida lecionou outras modalidades no Colégio Meninópolis, entre outras instituições. Hoje na Agencia Think Sports, coordena a implantação do programa NBA School em escolas espalhadas pelo país: “Temos atualmente 90 unidades espalhadas pelo Brasil. É um programa de basquete que utiliza o esporte como ferramenta de transformação. Claro que existe a ‘pompa’ da NBA, mas existe um trabalho estratégico para massificar a modalidade, junto com uma experiência única como a liga americana faz. Além disso, desenvolvemos um trabalho intenso com professores, já que é ele que irá proporcionar essa experiência ao aluno...”
Ainda sobre a importância do esporte como ferramenta de transformação e o que ela efetivamente pode proporcionar, Claudio diz ser latente e nesse contexto, é poder ser o instrumento que irá despertar a mudança na vida de um jovem que passa por limitações e necessidades por exemplo, que na verdade, só precisa de um norte, de uma orientação sobre qual caminho deve seguir. Reconhecer talentos, estimular a prática esportiva entre os jovens, a necessidade de mais locais para qualquer modalidade seja praticada e condicionar o esporte à educação é também algo que Mortari pensa ser fundamental.
Claudio é um verdadeiro propagador do esporte e principalmente do basquete, cujo essencial é a palavra que utiliza para defini-lo.