PERFIL STTP - Gui Deodato #019
PERFIL STTP - Gui Deodato #019
Ago 04, 2021

PERFIL STTP - Gui Deodato #019

Victor Santo FOTO: Julio Nery

Guilherme Pereira Deodato, ala da NBB e também do Time STREETOPIA, dividiu conosco como se tornou um jogador profissional basquete através de uma história linda, marcada por muita dedicação, superação e humildade.


Assim como a maioria dos jovens brasileiros, o primeiro contato de Gui Deodato com o esporte foi através dos amigos de infância jogando futebol na rua, mas sua mãe,  que na época era cozinheira na casa dos principais patrocinadores do Tilibra Copimax (uma das equipes responsáveis por colocar o basquete de Bauru no mapa), foi a responsável pelo seu primeiro contato com a modalidade: “A gente ganhava os ingressos para assistir aos jogos. Foi quando começou a acender uma paixão por basquete podendo ver os caras de perto. Aquilo mexeu muito comigo...”

 


Aos 7 anos, Gui tinha seus dias preenchidos por esporte e estudos porque tempo livre não era uma opção, como sua própria mãe dizia. Após a escola, era de lei: as segundas, quartas e sextas era tinha futebol na escolinha do Clube Atlético Mary Dota e as terças e quintas se dedicava ao basquete no Clube Luso Brasileiro, ambos localizados em Bauru.


O jovem Gui nessa época, tinha o Clube Luso Brasileiro como a única opção para a prática do basquete. Quando precisava treinar, contava com sua mãe, que trabalhava próximo ao clube e quando não era possível em função da correria, a tia o ajudava. Nada mais importante que contar com o apoio da família, em uma fase onde é fundamental a criança ser amparada e orientada.

 

O futebol acabou ficando em segundo plano e a paixão por basquete acendia cada vez mais nessas idas aos treinos, mas quando ele soube do lançamento do filme Space Jam: “Foi uma coisa que mexeu com meu lúdico, o acesso ao Jordan, ao desenho, nossa... uma época marcante. Logo ganhei bola de basquete e comecei a convidar os amigos da rua de casa para jogar. Foi muito legal!”


Embora no início não tivesse tanta aptidão pela bola laranja, tudo contribuía para acontecer de forma muito natural, a paixão que nascia por todo o universo que compreendia o basquete falava cada vez mais alto:

 


Desde as categorias para atletas mais novos na escolinha do clube que Deodato praticava basquete, como mini, mirim, infantil, não existia a possibilidade de se federar, então ele buscava alternativas para melhorar seu jogo nos rachões da cidade, até que um dia, praticando basquete sozinho em uma das quadras do mesmo local, acaba recebendo um convite de Guerrinha, ex-jogador e treinador da nova equipe que se formaria no Bauru Basket para fazer um teste.  Na ocasião o time profissional estava voltando para a cidade e a categoria cadete também apareceria, por ironia ou não, a mesma do jovem Deodato.


Teste feito e aprovado junto com um universo de novas possibilidades que aconteceria em sua vida: “Eu fui muito bem no teste. Ele me separou da galera e falou que eu faria parte do time adulto. Não entendi nada. Foi um divisor de águas na minha vida...”


Mesmo precoce por já fazer parte dos treinos de uma equipe profissional aos 16, Gui Deodato absorveu tudo que lhe foi transmitido em quadra, desde fundamentos essenciais para o jogo até manter-se focado e com disciplina. Tudo isso foi o alicerce de uma carreira muito promissora que se iniciou no Bauru Basket em 2008 e que o levou a  participar de equipes como Rio Claro, Vasco da Gama e o TIME STREETOPIA, onde teve uma experiência única em um dos maiores torneios de basquete de rua em Paris, o Quai 54: “Foi tudo muito incrível. Nós não tivemos muito tempo para treinar por estarmos em final de temporada, mas os atletas eram muito bons e foram escolhidas a dedo de uma forma muito coesa. Tivemos uma química muito boa, sem contar o estivo diferente de jogo que não estávamos acostumados. Estar ali jogando com quem se gosta e admira, foi muito legal – Cidade cheia, todo mundo respirando basquete, nunca tinha visto aquilo na vida.”

Poder retribuir a todos de alguma forma, fortaleceram sua caminhada para que ele pudesse chegar onde chegou, é uma de suas maiores satisfações e com gratidão, Gui encerra nosso bate papo dizendo: “Basquete para mim é tudo, é o que mais amo fazer. Eu devo tudo o que tenho as principais pontes que construí, que são as pessoas que conheço, minha família e os amigos que o basquete me deu...”

 

O STREETOPIA te agradece por tudo Deodato.

 

 

 

 

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