A pivô Nádia Colhado, é com certeza motivo de inspiração para uma legião de mulheres que perseguem o sonho de se tornarem jogadoras profissionais, principalmente por ter conseguido se destacar em um esporte majoritariamente liderado por homens, e que embora houveram mudanças para se tornar mais inclusivo, ainda há muito trabalho a ser feito.
Com uma trajetória de respeito, Nádia representou times como o Atlanta Dream e o Indiana Fever da WNBA, os europeus Flammes Carolo e Girona, além das equipes brasileiras Santo André, São José, Vera Cruz Campinas, São Caetano e Sport Recife. A pivô, também participou com a Seleção Feminina de Basquete, das Olimpíadas de Londres (2012) do Rio de Janeiro (2016) e da AmeriCup em 2021, realizada de 11 à 19 junho.
O ABERTO STREETOPIA SÃO PAULO, torneio de basquete amador realizado nos finais de semana de outubro, recebeu a visita de Nádia em um dos dias de competição, e claro, aproveitamos para bater um papo onde ela dividiu conosco um pouco sobre essa experiência:
COMO SOUBE DO ABERTO STREETOPIA SÃO PAULO?
Estava em São Paulo fazendo uma reabilitação de três meses por causa de uma cirurgia no joelho e a Carol Imoniana, uma das atletas do torneio, me convidou.
SABEMOS QUE AO LONGO DE SUA CARREIRA JÁ PARTICIPOU DE DIVERSOS CAMPEONATOS E TORNEIOS. QUAIS FORAM SUAS IMPRESSÕES AO CHEGAR NO ABERTO STREETOPIA SÃO PAULO?
Nossa, quando eu cheguei lá eu não imaginava algo daquela dimensão, sabe? A quadra, toda aquela estrutura e as pessoas ao redor, equipe de filmagem gravando os jogos, computadores, o DJ, como fui recebida, quando vi a árbitra Fatiminha, os fisioterapeutas fazendo massagem e soltura para as meninas. Nossa, fiquei impressionada. Sem contar, que foi legal poder rever muitas meninas que eu tinha jogado na categoria de base em São Paulo e também conhecer meninas novas.
O STREETOPIA TEVE TODO O CUIDADO PARA ORGANIZAR E OFERECER AOS PARTICIPANTES UMA EXPERIÊNCIA ÚNICA. O QUE MAIS LHE CHAMOU A ATENÇÃO?
A estrutura, falei, nossa, que legal esse torneio, porque se for ver ali, muitas meninas já tentaram jogar profissionalmente e a gente sabe que é o que falta hoje no Brasil, principalmente no basquete feminino. São esses tipos de torneios que incentivam as meninas que ficam esperando ansiosamente um torneio para jogar basquete e para reunir com as amigas.
Encantada, Nádia, antes de encerrar o bate papo, disse sorrindo: “Fiquei muito feliz em estar ali, queria muito ver um jogo de basquete. Faz tempo que estou fora das quadras e aquela manhã de Domingo, alegrou meu dia...”
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