A chegada da pandemia do coronavírus há praticamente dois anos atrás, causou efeitos devastadores nas vidas de milhões de pessoas no mundo inteiro. Famílias destruídas, pessoas perdendo empregos, empresas sem ‘folego’ para prosseguir com suas atividades, mudanças significativas na economia de diversos países, sequelas daqueles que foram infectados e sobreviveram, e por fim, a chegada de um novo normal, onde as pessoas começaram a enxergar um horizonte otimista com os avanços das pesquisas para a produção da vacina e controle desse pesadelo.
Para boa parte da população mundial, a chegada da vacina representou alívio e esperança, mas uma outra fatia que se faz presente em diversos setores, como política, empresas de comunicação e esportes, trazem uma serie de questionamento quanto sua eficácia.
O armador do Brooklyn Nets, Kyrie Irving, por exemplo, foi categórico ao se posicionar contra a vacina e que não o faria mesmo que tivesse que arcar com as consequências, como de fato aconteceu. Em outubro de 2021 e por tempo indeterminado, ele foi afastado das atividades da franquia como forma de não colocar em risco a saúde dos jogadores, funcionários e torcedores.
Em função de um novo surto de COVID-19 ter se aproximado, jogadores afastados para cumprir protocolos de saúde e segurança e com o cancelamento de alguns jogos, a realidade de Irving mudou, e a franquia, surpreendentemente o trouxe de volta como reforço mesmo sem ter sido vacinado para atuar nos jogos fora de casa para consequentemente, ter a chance de permanecer no topo da conferência leste e um dos favoritos para levar o título da temporada 2021-22.
Parte do negócio é manter as coisas em movimento, então é interessante que ele esteja de volta para de alguma forma ajudar a franquia a conquistar aquilo que se propôs, estrategicamente falando. Outro aspecto, é que com sua chegada, estrelas como Kevin Durant, não mais estariam sobrecarregadas por entregarem 40 minutos por jogo, tendo novamente em quadra um time maduro, entrosado e com folego para permanecer na disputa do título.
Ainda que Kyrie tenha compreendido a razão de seu afastamento, e aprendido que existem consequências através de nossas decisões, ele não abre mão das suas, assim como tantos outros que optaram pela não vacinação.
Mas porque uma organização que caminhou com seus próprios recursos nesta temporada (e sem Kyrie) e que pode se tornar tranquilamente uma das finalistas, voltaria atrás em sua decisão sabendo que pode ser alvo de intermináveis questionamentos principalmente do ponto de vista sanitário?
Bem, isso ficará como reflexão!
