Reggie Bullock sabe bem o que é lidar com a tristeza e a incapacidade. 2014 e 2019 foram anos marcantes para o atual jogador do Dallas Mavericks. Ele perdeu duas irmãs em cinco anos e teve de lidar com a dor dos fatos.
Mais do que perder as duas irmãs, Bullock se engajou em uma luta na qual uma delas batalhou e morreu lutando: o preconceito contra LGBTs.
Mia Henderson tinha 26 anos em 2014 quando foi esfaqueada até a morte em Baltimore, nos Estados Unidos. Bullock estava na segunda temporada na NBA após ser escolhido pelo Los Angeles Clippers no ano anterior.
Mia, na verdade, era Kevin Long. Transexual, Mia lutava pelos seus direitos e dos milhares de outros que lutam diariamente contra o ódio e preconceito. Foi morta por ser aquilo que sempre quis ser. O suspeito da morte foi preso, mas solto menos de três anos depois, o que gerou fúria na família de Bullock.
Após anos de inconsistências na NBA e passagens por Los Angeles Clippers, Phoenix Suns, Los Angeles Lakers e New York Knicks, Bullock teve mais um golpe. Em 2019, sua outra irmã, Keiosha Moore foi assassinada aos 22 anos. O jogador entrou em depressão e até escreveu mensagens como essa nas redes sociais.
“Falhei como irmão ao não proteger vocês do perigo dessas ruas. Perdi minhas duas rainhas”.
Desde as mortes, Bullock tem sido um dos jogadores da NBA mais ativos em lutas contra preconceitos. Ele treina jovens gays e transgêneros junto com Jason Collins, ex-atleta e primeiro jogador da NBA e se declarar abertamente homossexual.
Além disso, é um dos precursores do NBA Voices for LGBT Youth and Allies, que ajuda pessoas LGBT a viverem suas vidas normalmente, com apoio psicológico.
Em um documentário produzido pelo Vice Sports, Bullock conta a história da irmã e dá um recado a todos:
“Existe amor no coração de todos e você tem que tentar aprender sobre uma comunidade antes de rebaixá-la e ter preconceito”.
